sexta-feira, julho 17, 2009

Uma noite de dias atlânticos | 31 de julho

Os anos voam e nada permanece igual.

Em Santiago do Cacém, conhecemos a modernidade no início dos anos 90, quando surgiu uma discoteca que quebrou preconceitos e inovou em diversos aspectos, inclusive na vertente cultural.

As festas temáticas que os “Dias Atlânticos” organizavam às quintas-feiras proporcionavam algo de único e de mágico.

A enorme imaginação com que eram abordadas essas festas, com decorações feitas à medida de cada acontecimento, elevavam estas noites a momentos únicos. Recordo-me de festas absolutamente inesquecíveis, como a “Festa da Praia” (toda a discoteca transformada em praia com centenas de quilos de areia…), ou de um Dia da Juventude com a actuação dos Ena Pá 2000 (aquando da edição do seu primeiro álbum.

Era cliente habitual do espaço e amigo de muitos dos frequentadores, donos e funcionários.

Muitos anos depois vai existir uma festa que recorda esses maravilhosos tempos dos “Dias Atlânticos”.

Autor: LSO

segunda-feira, julho 13, 2009

31ª produção do GATO SA | 14Julho em Santo André

Às três da manhã, uma rapariga que ele nunca vira antes, bateu-lhe à porta do quarto e pediu se lá podia dormir. - “Sim, com certeza”, respondeu ele.
Assim começa esta história escrita por Steve Johnston, sobre um encontro improvável de dois desconhecidos de estratos sociais diferentes, Will e May, numa noite quente de Verão, algures em Dublin, no final da década de setenta.

Um trabalho para dois actores, a Inês Patrício e o Nuno Bravo Nogueira num registo de um realismo cinematográfico. Um espectáculo intimista em que convidamos o público a entrar de madrugada no quarto de Will e a assistir no escuro ao evoluir da acção, apurando os sentidos, escutando, espreitando, deixando-se levar pela curiosidade voyeurista. Uma conversa a dois na penumbra da noite e no espaço reduzido de uma cama, alheios aos olhares indiscretos do público.
Quisemos contar-vos uma história simples de um modo cativante. Quisemos como sempre criar o espectáculo da teatralidade, do envolvimento global dos sentidos, quisemos despertar a imaginação, surpreender o preconceito, abrir portas à emoção.

Em termos visuais, tentamos renovar-nos sempre em cada novo projecto. Desta vez procurámos encher o espaço, sem povoar o espírito. De certo modo está lá tudo mas coberto pelo manto diáfano da noite. Procurámos iluminar como os antigos mestres da pintura barroca, tentando que as luzes colorissem a cena com parcimónia, conduzindo os olhares no reconhecimento dos contornos dos corpos e revelando progressivamente à medida da descoberta mútua das personagens e da curiosidade individual dos espectadores.

Um espectáculo realizado no âmbito de um protocolo de colaboração com o Teatro ao Largo e que corresponde à 31ª produção do GATO SA, no ano do seu vigésimo aniversário.

Auditório do Centro de Actividades Pedagógicas Alda Guerreiro
14,15 e 16 de Julho - 21,30h

terça-feira, julho 07, 2009