quinta-feira, julho 20, 2006

2.1 A construção e o planeamento

A construção e o planeamento urbanístico de Santo André obedeceram a uma série de requisitos, que tinham por objectivo a criação de uma cidade ordenada, com bons equipamentos e boas infra-estruturas rodoviárias.



Todavia, e como se veio a constatar, a maioria dessas infra-estruturas, que iriam permitir uma melhor convivência e adaptação dos habitantes recém-chegados, nunca chegaram a ser edificadas durante a gestão do Gabinete da Área de Sines.


As contingências económicas que afectaram o rumo do Projecto de Sines tiveram repercussões no desenvolvimento da Cidade Nova. Dos 100 mil habitantes que inicialmente estavam previstos, apenas 11 mil se fixaram em Santo André.


As metas previstas foram inviabilizadas e, em consequência, a Cidade Nova começou a ser construída de acordo com as necessidades mais básicas em alojar os trabalhadores das indústrias.

3 comentários:

Espaço do João disse...

O 1º bairro a ser construido em regime de Direito de superfície por 70 anos foi o chamado Bairro Horizonte . Situa-se junto à várzea de Baleizão sendo composto de 92 residências uni-familiares e o seu início em 14 de Dezembro de 1979. Um grupo de trabalhadores da Petrogal, fez uma petição ao G.A.S. para a construção de 1oo moradias apoiados pela Empresa que nos facilitou muitas coisas. Após a extinção do G.A.S. os terrenos que tinham sido expropriados , passaram para as mãos de diversas entidades incluindo a Câmara Municipal de Santiago do Cacém e Câmara de Sines. Contactando a Cãmara de Santiago, propusemos a aquisição definitiva dos terrenos. Hoje há muitas mais residências em propriedade plena como também apartamentos. Ainda existem apartamentos que são propriedade do I.H.G.A.P.E. Foram proporcionados terrenos para Zonas de Industria Ligeira , Zonas de lazer, Biblioteca , Comércio variado,Médias superfícies Alimentares, de Bricolage, Farmácias, Estação de Correios , Instituições bancarias, Mercado diário.etc. Muito há a fazer até porque já temos o estatuto de Cidade. As nossas praias ainda podemos considerá-las virgens e já vemos algum desenvolvimento nas nossas Aldeias. Ainda é preciso arregaçar as mangas, pois muito há por fazer, mas Roma e Pavia não se fez num só dia. João Sousa

Berto disse...

Caro João Sousa,

queria agradecer o seu comentário. A informação detalhada que colocou no seu texto acrescenta valor a este blogue. O seu testemunho é importante e útil p/ todos percebermos a história de Vila Nova de Santo André.
Queria ainda acrescentar, e em jeito de comentário ao último paragrafo do seu texto, que o futuro de Vila Nova de Santo André não está unicamente dependente das decisões/projectos do Poder Autárquico, ou mesmo do Poder central. Nós, enquanto habitantes de Santo André, temos também um “papel” importante a cumprir no processo de desenvolvimento desta Cidade.
Para melhor desempenharmos essa função é necessário que se construa uma identidade colectiva em torno de uma ideia, ou conceito chave: “Qualidade de Vida”. Se todos (Autarquia, Governos e Cidadãos) trabalharmos em torno desta ideia, então Santo André poderá um dia ocupar um lugar de destaque, e servir de Cidade Modelo para outras cidades.

Cumprimentos,
Berto

Espaço do João disse...

Caro Berto. Não o conheço pessoalmente, mas sinto-me contente por ser criado um blog sobre Santo André. Queria lembrar-lhe que quando presidi à Assembleia de Freguesia, juntamente com a Conceição Melo Pessoa, Fonseca Santos, João Carvalho entre outros fizemos o primeiro levantamento da toponímia de Santo André. Tenho comigo alguns temas que foram utilizados como nomes das respectivas ruas, bairros ,pracetas etc. Lembro-me por ex. o Largo do Talegre. Segundo pesquisas feitas aos naturais chegamos à conclusão que nesse espaço pastoreava um residente, um pequeno rebanho. Quando passava alguém por ele o mesmo perguntava:-Então tá alegre? O que era a mesma coisa que perguntar "como está"? Daí nasceu o termo de Talegre. João Sousa.